O que vou contar a seguir passou-se na 3f passada, mas a falta de tempo impediu-me de relatá-lo mais cedo!
Tudo começou quando estava na estação de metro de entrecampos acabado de sair da faculdade com um alto nível de sono em cima!
Espero e desespero pelo metro que nunca mais chega.
É então que subitamente uma mulher que está do outro lado da linha do metro grita: "MINHA GENTE". Acordo do ligeiro sono que estava a ter e dirijo toda a minha atenção para a dita senhora que se preparava para fazer um discurso.
A senhora, já dos seus 50/55 anos, julgava eu ser africana devido ao tom de pele, era sim uma brasileira, com uma presença em publico invejável ao melhor discursador do mundo!
Enquanto as pessoas criticavam a dita, chamando-a de louca, maluca, bêbeda, xanfrada, eu abri o meu espirito e analisei a situação sem criticar o momento ao qual a mulher se propunha.
Começa gritando: "MINHA GENTE". Chamou a atenção de todos os presentes. Discursava do outro lado da linha. Porquê? Para obter o maior nível de visibilidade possivel. O outro lado era como um palco onde a senhora discursava usando toda a pujança da sua voz. Movimenta-se num espaço reduzido prendendo apenas as atenções da população alvo. Esta população situava-se em 1/4 da estação na qual eu me situava. Segue-se então o assunto da conversa: Deus.
Faz uma breve introdução. Começa por dizer que a nossa sociedade está corrompida. Os habitos são maus, a comida não presta, os valores estão corrompidos e só Deus poderá salvar toda a gente. Abrangeu todos os tópicos do discurso que se seguia.
Passa então ao desenvolvimento. Começa por explicar porque é que a sociedade está corrompida. Fala dos valores. Fala da comida que está estragada. Diz até que a carne é "de bicho louco" que "os peixes estão cheios de côcô". Apresenta a solução dizendo: "Porque é que as pessoas não comem verduras e legumes?". Isto é, ao apresentar os problemas vai apresentando as soluções para os mesmos.
Fala, em alto e bom tom de voz. Fala de Deus, e de todas as coisas em que acreditava, sem nunca impor a sua opinião, mas sempre dizendo aquilo que pensava falando alto e em bom som!
É então que o painel do metro toca indicando que o metro vinha a caminho. Bolas! Estava a gostar tanto desta análise a um dos melhores discursos a que já assisti.
A oradora apercebe-se da quase chegada do metro e começa a concluir. E mesmo antes do metro se meter pela estação adentro ela conclui despedindo-se com "Obrigado a todos, que Deus vos acompanhe e um Feliz Natal para todos vós".
O metro invadiu a estação e o discurso acabou. Algumas pessoas riam, outras cometavam a loucura da mulher. Eu achei aquele discurso (embora o tema não me diga nada) um dos melhores, mais bem estruturados e mais completos. O tema não era muito famoso e as palavras utilizadas também não, mas...!
Se eu tivesse um jeito assim tão grande para discursar como a mulher estava safo em todas as apresentações na faculdade.
Um grande bem haja à dita senhora pela aula que me deu!
Tudo começou quando estava na estação de metro de entrecampos acabado de sair da faculdade com um alto nível de sono em cima!
Espero e desespero pelo metro que nunca mais chega.
É então que subitamente uma mulher que está do outro lado da linha do metro grita: "MINHA GENTE". Acordo do ligeiro sono que estava a ter e dirijo toda a minha atenção para a dita senhora que se preparava para fazer um discurso.
A senhora, já dos seus 50/55 anos, julgava eu ser africana devido ao tom de pele, era sim uma brasileira, com uma presença em publico invejável ao melhor discursador do mundo!
Enquanto as pessoas criticavam a dita, chamando-a de louca, maluca, bêbeda, xanfrada, eu abri o meu espirito e analisei a situação sem criticar o momento ao qual a mulher se propunha.
Começa gritando: "MINHA GENTE". Chamou a atenção de todos os presentes. Discursava do outro lado da linha. Porquê? Para obter o maior nível de visibilidade possivel. O outro lado era como um palco onde a senhora discursava usando toda a pujança da sua voz. Movimenta-se num espaço reduzido prendendo apenas as atenções da população alvo. Esta população situava-se em 1/4 da estação na qual eu me situava. Segue-se então o assunto da conversa: Deus.
Faz uma breve introdução. Começa por dizer que a nossa sociedade está corrompida. Os habitos são maus, a comida não presta, os valores estão corrompidos e só Deus poderá salvar toda a gente. Abrangeu todos os tópicos do discurso que se seguia.
Passa então ao desenvolvimento. Começa por explicar porque é que a sociedade está corrompida. Fala dos valores. Fala da comida que está estragada. Diz até que a carne é "de bicho louco" que "os peixes estão cheios de côcô". Apresenta a solução dizendo: "Porque é que as pessoas não comem verduras e legumes?". Isto é, ao apresentar os problemas vai apresentando as soluções para os mesmos.
Fala, em alto e bom tom de voz. Fala de Deus, e de todas as coisas em que acreditava, sem nunca impor a sua opinião, mas sempre dizendo aquilo que pensava falando alto e em bom som!
É então que o painel do metro toca indicando que o metro vinha a caminho. Bolas! Estava a gostar tanto desta análise a um dos melhores discursos a que já assisti.
A oradora apercebe-se da quase chegada do metro e começa a concluir. E mesmo antes do metro se meter pela estação adentro ela conclui despedindo-se com "Obrigado a todos, que Deus vos acompanhe e um Feliz Natal para todos vós".
O metro invadiu a estação e o discurso acabou. Algumas pessoas riam, outras cometavam a loucura da mulher. Eu achei aquele discurso (embora o tema não me diga nada) um dos melhores, mais bem estruturados e mais completos. O tema não era muito famoso e as palavras utilizadas também não, mas...!
Se eu tivesse um jeito assim tão grande para discursar como a mulher estava safo em todas as apresentações na faculdade.
Um grande bem haja à dita senhora pela aula que me deu!
2 comentários:
Ahh mt bem, mt bem...um discurso no metro! Sem dúvida que o metro é um local indicado para se assistir a esse género de coisas...LOL...apanha-se com cada situação =S
Eu o piorzito que já vi por lá foi: um homem todo sujo (tipo sem-abrigo) que andava para ali aos gritos ...trazia um saco de pano com roupas (dele) e andava-se a queixar (tambem a modos de discurso, em alto e bom som) que recebia pouco dinheiro...e que para receber tão pouco mais valia não ir trabalhar (tipo birra...e ele n ia mesmo trabalhar =S)...queria pois que o estado lhe desse mais dinheiro e que as proprias pessoas k ali estavam lhe dessem dinheiro =S ...entretanto ele ia ofendendo tudo e todos! Uma cena deveras "linda"!
Gostei da forma como falaste da mulher e do discurso em si =)
Eu provavelmente seria das pessoas que acabaram por gozar com as "figuras" (chamar-lhe-ia eu) que a mulher teria acabado de fazer =P
O discurso dela...temática Deus (que para mim é algo que não existe) tambem não me diria nada...mas prontos =P
E concordo contigo..era bem bom que nós (estudantes) conseguissemos ter uma boa capacidade de discurso, que tanta falta faz kuando tem que se apresentar trabalhos na escola =P
Sim senhor,um bem haja á senhora!
Hugzzzz =)
=) Lindo! Somos livres para nos expressarmos, sobre o que quizermos, no tom que acharmos bem e escolhermos o local que mais apropriado achamos. Parvas são as pessoas que gozam, são seres cinzentos e tristes, que acham tudo anormal. Anormal são eles que o divertimento para eles se resume a uma palavra: "lol" nem sorrizo nem expressão facial. Nada. São ocos, vazios. Por isso, vamos todos dar um sorriso sincero e respeitar todas as opiniões dos demais.
Sorriam, sorrir é o melhor remédio, e bigadão Titi, que apesar de andares estoirado fazes-nos sempre tão bem, quem sai de perto de ti sai sempre com um sorriso nos lábios.
Tu sim, também és um grande trovador, principalmente se te derem traçadinho a beber =P
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