Abro a edição do Público on-line e deparo-me com este título:
Vaticano actualiza a lista de pecados a adapta-a aos tempos modernos.
É pena que a única coisa que a igreja consiga actualizar são os pecados.
«Não poluirás a terra. Serás contra a manipulação genética. Não traficarás droga... Novos tempos, novos pecados. Pelo menos esta é a ideia de um responsável do Vaticano, que indicou este fim-de-semana o que poderia ser uma lista dos novos pecados originados pelos “demónios” dos tempos modernos, com o objectivo de manter os fiéis informados. Não são os pecados originais, mas originalidade não lhes falta.»
Pelos vistos a única maneira da igreja ser ouvida é inventar novos pecados. Ou pelo menos é a única maneira de ter projecção mundial. O ano passado inventou os pecados de andar na estrada... Este ano poluir é pecado.
Não me interpretem mal... Eu tiro o chapéu à igreja por este novo pecado. Ao menos um pecado que faz sentido nos dias que correm. Só tenho pena é que seja através da criação de pecados que a igreja consiga chegar às pessoas. E tenho ainda mais pena de não se actualizar mais.
Na minha opinião a igreja foi ao longo dos anos transformando-se numa empresa. Numa empresa com contornos diferentes é verdade. No entanto, os princípios são os mesmos de uma qualquer organização: Actualizar ou morrer!
Ir de encontro às necessidades dos clientes (fiéis) é essencial para a continuação em funcionamento de uma qualquer organização. No entanto, a igreja continua demasiado enraizada a velhos costumes. Não entende as pessoas logo, estas sentem-se desapoiadas e sem necessidade de um intermediário entre elas próprias e Deus. E depois os consequentes escândalos envolvendo padres pedófilos, corrupção não ajuda propriamente à imagem da igreja; os que deviam ter moral para falar são ainda piores que nós próprios. E por isso a razão desta notícia:
«O arcebispo, na conferência, aproveitou a oportunidade para relembrar que faltar à tradicional confissão católica continua, apesar da sua longevidade, a ser um acto condenado pela instituição. Para se apoiar nas estatísticas, porque afinal a igreja também tem "rankings", a Universidade Católica de Milão estima que cerca de 60 por cento dos fiéis italianos deixaram de se confessar, dispensando a absolvição dos seus pecados em nome de Deus. De acordo com o mesmo estudo, 30 por cento dos católicos do país não sente necessidade de contar as falhas a um padre e 20 por cento sente-se pouco à vontade a falar dos seus pecados com outras pessoas.»
Bem, mas ao menos nesta vez deu o exemplo:
«E para provar que o Vaticano quer reduzir a sua pegada ecológica, os seus edifícios contam agora com painéis fotovoltaicos para a produção de electricidade. Recentemente, foi também anfitrião de uma conferência científica para discutir as ramificações do aquecimento global e das alterações climáticas, para as quais em muito contribui o uso humano de combustíveis fósseis.»
Bem, acho que já divaguei demais com este tema.
Viva as cuecas do Bento XVI que deviam ser de material reciclável...
4 comentários:
:o)
Gostei!
Abraço
Bem antes de mais deixa-me dar-te os parabéns pelo excelente post Tiago!
Depois a minha resposta é: MEDO! A única coisa produtiva disto tudo sempre foram os painéis fotovoltaicos...
Realmente é incrível como uma pessoa passa a mudar os seus actos ou convicções só por "ser pecado...", quando os devia mudar pelo seu princípio moral e ético... Enfim... Acho piada ao pecado da manipulação genética...
Na nova lista provavelmente também estará:
- Não verás o 2 girls 1 cup (mas este devia ser mesmo seguido porque aquilo é nojento! LOL)
- Não chuparás a língua a alguém do mesmo sexo
- etc etc...
LOL! O grande pecado do Vaticano são eles mesmos que são a maior máfia viva da história da humanidade!
Oh Tiago a Igreja neste momento está a contratar muitos formados em Marketing!
Aliás, já se está a proceder a uma total renovação dos pecados! Vai sair uma nova lista! Muito fixe!
- Não irás a discotecas malucas
- Não fodilharás
...
(tou-me a passar... e falando em passar passei a tecnologias da informação LOL)
Enviar um comentário