Roteiro #2: O Gosto à Grega; A Educação do Príncipe

Este domingo que passou, passei eu pelo Museu Calouste Gulbenkian para ver duas exposições: "O Gosto à Grega" e "A educação do príncipe". As minhas expectativas estavam todas viradas para a "A educação do príncipe", mas foi pelo "Gosto à Grega" que eu me apaixonei.

Estas duas exposições DEVEM ser visitadas, especialmente "O Gosto à Grega". E já agora uma dica: Ao domingo as entradas são gratuitas. Por isso, as pessoas que moram em Lisboa já têm uma sugestão para ir no Domingo!

O Gosto "à grega"
Nascimento do Neoclassicismo em França 1750-1775

de 15 de Fevereiro a 4 de Maio de 2008 no Museu Calouste Gulbenkian


A vendedora de Cupidos de Joseph-Marie Vien, Paris 1763

Bem, o Bla Bla Bla secante da exposição podem lê-lo aqui.
Entrei na exposição a pensar que esta seria mais uma exposição com pintura, peças de mobiliário, gravuras e vasos que bem podiam estar a enfeitar o meu jardim. E no fundo, é! Mas é-o e não o é, e foi também o "primeiro" contacto que tive com a Madame Du Barry. Já tinha lido algumas coisas sobre ela, nada de especial e não me despertou grande interesse. No entanto, vim a descobrir uma mulher diferente da que esperava. Madame Du Barry foi uma grande impulsionadora (não tanto por um gosto profundo de arte, mas mais por um gosto profundo por peças diferentes e modernas, embora tenha apoiado diversos artistas) deste gosto "à grega". E em grande parte das peças pela qual passava, Madame Du Barry estava presente em quase todas as placas identificativas. Claro que cheguei a casa e pus-me a pesquisar tudo o que consegui sobre esta mulher e fiquei fascinado por uma história, de contos, real. Esta mulher, ultima amante do rei Luís XV, "inimiga" de Maria Antonieta e mulher com um gosto pela opulência e riqueza tem uma história que merece ser sabida. Não foi tão "potente" nem tão pouco requintada como Madame Pompadour, penúltima amante de Luís XV, mas não deixa de ter uma história de vida tão ou mais fascinante que a penúltima amante.
Bem, chega de falar de Madame Du Barry. Resumindo, fiquei fascinado por esta mulher e pela Maria Antonieta e pela Pompadour e pela corte toda e pelas orgias todas que se deviam lá fazer (aiiii vontades de participar) e por ter ficado a saber que o Mozart esteve para se casar com a Maria Antonieta.
Da exposição podem ser vistos, quadros, peças de arte e perceber um bocadinho daquilo que se passou nos anos 1700e tal.
Vale mesmo a pena visitar. E para quem se interessou pela história de Madame Du Barry e quem não sabe quem era ela pode ler aqui um resumo da história.

Retrato de Madame DuBarry e do pagem Zomore segundo Jean-Baptiste André Gouthier-Dagothy

A educação do Príncipe
Obras primas da colecção do Museu Aga Khan

de 14 de Março a 6 de Julho de 2008 no Museu Calouste Gulbenkian



Deve ser visitada se:
1- Gostar muito de arte (médio) oriental;
2- For visitar a exposição O Gosto "à grega" e como está lá aproveita;
3- Não tiver mais nada para fazer;
4- Todas as anteriores.

Se não for por isto, vá dar uma keka em alguém que fica melhor servido. Vale mais ou menos ir visitar. Mas ao Domingo é de borla por isso vá, nem que seja para aproveitar o bilhete.

Bem, espero que aproveitem as sugestões e se façam ao bife que merecem a pena ser visitadas, especialmente O Gosto "à grega".


Próxima exposição a visitar: Ida e Volta: ficção e realidade; Colecção permanente do CAMJAP; TILT - No centro de arte moderna da FCGulbenkian OU o Museu de Arte Antiga.
Quem quiser vir está convidado!!